sexta-feira, 25 de março de 2011

Diálogo II - AQUELES OLHOS

     Uns olhos de um verde que a gente não sabe dizer, não pode jurar que sejam verdes.
     E vai ver é um azul que também não se pode garantir. Olhos grandes, porém proporcionais ao belo rosto, com aquela cor dos olhos mais belos que existem e que não sabemos, pelo menos eu, precisar. Eu estou propenso a dizer que são da cor de água-marinha, mas sei lá! Tenho medo de garantir porque eles podem ser verdes, assim de um verde que existe naqueles olhos dela como também podem ser azuis, ou de uma mistura do verde misterioso dos abismos dos mares com o azul divino dos céus. Uns olhos que existem mais para serem vistos que para olharem... Olhos azuis, verdes, cor da água-marinha, olhos de pedra preciosa com vida, calor, alma, briho, olhos de olhar penetrante que invade a nossa alma e se derrama em nosso coração. Olhos que parecem não olhar a vida e sim os sonhos... Eu daria muito para ver aqueles olhos como eu desejo...
     Olhos belos que eu não sei a cor exata, faiscantes e que devem ficar mais encantadores se a dor de um amor profundo cravar em cada um, um brilhante sem jaça de lágrima.
Ruy Alves
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Grandes, profundos, castanhos
(Castanhos são todos os olhos
que não são verdes, azuis ou pretos.)

Mas os seus são... seus!

Olhos que cantam
Que acolhem
que sorriem

E o que eu não daria para que fossem
Olhos que desejam?

Quanta inveja devem ter os olhos verdes...
E os azuis, então?
Olhos de água, olhos de pedra
Tanta frieza diante do calor dos teus olhos castanhos.

Ah, perder-me para sempre nesses olhos de menino
Olhos traquinas de menino bonito.

Eu daria muito para ver aqueles olhos como eu desejo...
Olhos de desejo.
                                                                             Lua Barreto

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